quarta-feira, novembro 11, 2009

A minha música.

Sinto que a minha música é algo especial, não para toda a gente, mas para mim. Não importa qual seja o seu estilo, seja música contemporânea, música clássica ou música portuguesa, sinto que essa música para mim significa algo mais que algumas notas encadeadas para atingir um certo deleite auditivo.
A minha música dá-me vontade de viver, vontade de sentir, de experienciar todos os momentos que ela me dá, usufruir disso como um bem único, que será sempre irrepetível. Aos ouvidos exteriores pode não ser assim tão agradável, tão rica, e tão cheia de vida como eu a quero fazer sentir, mas para mim é isso sempre que quero atingir, uma oportunidade de ouvir cada nota, cada articulação, cada respiração e cada movimento de pulso como se um desporto olímpico se tratasse dada a sua perfeição colectiva de conjugar mais do que uma simples tarefa, para tentar com que soe bonito.
Não é só uma expressão artística, não é só um hobby, não é só trabalho, a minha música é tudo isso, mas é ainda muito mais, a minha música é uma forma que eu tenho de comunicar com as pessoas, a minha música sou eu, nem mais nem menos, conseguindo fazer ver a minha personalidade a partir do simples momento em que levo o meu instrumento aos lábios. Cabe a mim dar vida todos os dias à minha m+musica que me apaixona e que me leva em busca da perfeição inatingível dia após dia, após cada sucesso e cada insucesso, continuar a lutar para que ela seja ouvida, apreciada e avaliada.
O que toco passou a ser mais do que uma aventura mecânica do meu corpo, e do meu cérebro. Passou a ser uma fonte de sentimentos há já bastante tempo, mas cada vez me apercebo mais que eu e o meu trombone somos inseparáveis, ele tornou-se no meu escape ao meu mundo real, um escape emocional, onde descarrego as frustrações sentimentais e a felicidade, sentimentos ambíguos mas igualmente capazes de ser “tocados”.
Tornei-te mais criativo com aquilo que posso fazer, a partir do momento em que consigo ver em que posso melhorar, em que posso me pôr em pé de igualdade com outros sons e outras interpretações do instrumento em sim. Sei que terei na minha música um largo e enorme espaço criativo, onde posso descarregar tudo, desde atitudes de auto-destruição e de impotência enraizadas em mim, até ao júbilo mais esplendoroso que se pode ter.
"Eu nasci com a música dentro de mim. Para mim ela é tão necessária quanto a comida ou a água." Ray Charles.

Indeed.*

quinta-feira, outubro 22, 2009

00341, Roma, Italie.

Pedro,

Sei, sim, com toda a certeza que vens abraçar-me todos os dias. Não sei como pudeste pensar que nunca te tinha sentido. Há dias que e escondes debaixo do casaco de algodão branco do senhor cubano, de rosto avermelhado e com a guitarra a cantar o Sole Mio numa versão sul-americana e numa voz quase tão invulgar como a beleza das ruas que se erguem no meu caminho. Outros dias vens a servir de companhia ao outro senhor, mais velho, que toca uma melodia meia-arranhada/meia-bonita, sem técnica académica, claramente, mas com a experiência dura da vida. O som que deitam os dedos e o arco não são dos melhores que já ouvi. Mas são enérgicos, quase tanto como o Sol, e a meu ver percorrem os quatros cantos do mundo em cada nota que lançam ao ar.
E é assim, quase todos os dias, no caminho para casa, enquanto os meus olhos deslizam pela rua e os meus dedos tocam as casas através do vidro embaciado da janela, que vens ao meu encontro. Entrelaço-me no lenço púrpura; prendo-o com mais força a mim e deixo-o subir à boca, ao nariz, aos ouvidos e aos olhos. Fecho-os. Tenho medo do frio imenso que faz fora de mim. E tu vais-te embora, junto ao som da guitarra velha; vais-te embora com a voz rouca do senhor cubano. Vais-te embora exactamente ao mesmo tempo que se esvaira a melodia do violino.
E eu aconchego-me melhor ao lenço, olho o relógio... Já passaram cinco minutos desde que te foste e a única coisa que me esqueci de te dizer foi que o teu sorriso estava especialmente bonito e que, ainda que te veja todos os dias, tenho saudades tuas. And nothing else matters.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Missing you.

Normalmente sinto saudades, mas saudades pequenas, saudades que são afastadas todos os fins-de-semana com olhares, com beijos, com abraços, com olhares, e sentimentos belos que a todo o momento nos preenchem a alma, sabendo que o nosso amor está mesmo ali, ao virar da rua, num sítio próximo. Essas saudades são saudáveis e fazem com que o amor saia fortalecido após dois ou três dias de amor próximo e de retorno imediato.

Agora, estas saudades pelas quais passamos tem o condão de mudar a relação que temos, estamos muito longe, mas mesmo muito longe, mas não é isso que nos vai impedir de sermos tudo um para o outro a distâncias entre duas capitais europeias, belas e cosmopolitas, onde o passado choca com o presente e mais tarde com o futuro de maneiras imaginavelmente belas e macabras. E cabe-nos a nós continuar a conduzir a relação que temos para ser a cada dia que passa mais aquilo que queremos, e até podemos começar a construir cada vez mais um relação onde o platonismo, o sentido de amor é cada vez mais forte e sabemos que temos a força um no outro, que o amor supera distâncias, barreiras electrónicas, e todos os pequenos problemas que por vezes nos afectam.

A confiança que temos um no outro pode ser cada vez mais reforçada através da total abertura entre os dois apesar da realmente longa distância que nos aflige.

Sei que todos os dias e a toda a hora sinto saudades tuas, como se o meu dia deixasse de ser preenchido por tudo que nos é bom, ou quase tudo o que nos enche de satisfação e de alegria. De manhã acordo menos bem-disposto porque não vejo a tua mensagem de bom dia, sinto falta do teu apoio constante durante o dia e da vontade que me consegues imprimir a fazer aquilo que mais gosto, sinto falta da tua voz suave e do teu jeito sensível, de ir aos chás, ao gelados , de fazr receitas de scones com chá em minha casa, de passar,os tardes juntas sem nada à nossa volta que nos incomode, mas sei que o nosso amor não precisa de voltas inesperadas, e sei que o caminho vai ser sempre recto, natural e feliz.
Vamos ser sempre como duas partes do mesmo caminho, como duas partes diferentes, mas que vão sempre caminhar na mesma direcção, em que o amor deixa de ser só uma palavra e passa a ser parte de nós, do que nós senitmos, do que nós fazemos e do que nós queremos.

Eu Amo-te! Miss You!

sábado, agosto 22, 2009

#22

Turning 22 on 22!

Hoje é mais um dia de aniversário, o 22º da minha vida, e como sempre espero que seja um dia em cheio. Quero estar rodeado da gente que verdadeiramente interessa, os amigos de há muito tempo, os amigos de há menos tempo mas igualmente importantes, a família que me enche o coração e que seja um dia longo e feliz.
Venho aprendendo ao longo dos anos que o que realmente interessa neste dia não é ter muitos presentes, nem é estar coberto de bajulação, o importante é sentirmo-nos especiais por as pessoas que conhecemos se lembrarem de nós e nos dedicarem um tempinho no dia deles para me mandarem uma mensagem ou pensarem em mim, e isso é que é o verdadeiro presente nos dias de aniversário.

Não tenho nenhum presente específico que deseje materialmente, mas sei lá...

terça-feira, agosto 04, 2009

Just one wish for me, please...

It's time to remember all the good things.
Não sei por onde começarei, mas começo pela música. A música de Damien Rice marca o início de uma relação que vai marcar a minha vida para sempre, a sua música emocional e melancólica é perfeita para a ocasião.não interessa agora se vai durar muito ou vai durar pouco, sei que enquanto estiver nela continuo a dar tudo o que tenho e tudo o que não tenho para a manter funcional e cheia de amor, e mais do que isso, porque aprendi que uma relação não se mede só pelo amor que temos, mas por tudo o que vai além do amor, sentimentos e valores que se aprendem, e que eu fui aprendendo, nem sempre da melhor maneira.
Nunca serei o ser humano ou homem perfeito, tenho a noção que sou um homem em construção, e sinto que cresci mais neste ano e meio do que nas outras relações minhas todas juntas, aprendi a amar, a respeitar, a ser leal e deixar de ser egoísta nessa relação, porque não existe um 'Eu', existe apenas um 'Nós' que precisa de uma redoma fechada quase sempre ao mundo exterior, necessitando apenas do amor que nos alimenta.
Vou-Te ter sempre no meu coração, não Te vou apagar da minha vida, pois sei que um amor como este nunca vai passar e nunca vai se curado, é um amor intemporal e que renasce a cada beijo, a cada olhar, e a cada pedaço Teu que se coloca no meu caminho. És A pessoa mais bonita que já passou pela minha vida, sei-o há muito tempo, e mesmo que não soubesse todas as pessoas que passaram pela Nossa 'vida em conjunto' sabem dar-Te o valor e mérito. Sei o quanto valeS e o quanto podeS dar ao mundo através da Tua força, do Teu carinho e sensibilidade, e sei que nunca ninguém Te vai tirar do Meu coração por muito que tente, Vais ficar eternizada no meu coração, pintada em cores vivas e enérgicas por alguém pouco famosos como eu, uma fotografia do melhor bem essencial que tenho e a memória do melhor período da minha vida até hoje.
Tenho as memórias que mais quero de Ti, fazer amor contigo indefinidamente, os longos passeios no Parque, as tardes passadas na relva, os dias de praia, todos os chãs/bolos de chocolate/scones/sumos de laranja/gelados que partilhamos, os grupos e gostos musicais que se entranharam um no outro, o gosto pela arte que procuramos intensamente avivar, ler para aprender e evoluir, saídas no cinema, a adoração pela família, a intensidade com que procuramos viver todos os acontecimentos que temos, as preocupações generalizadas sobre certos temas do mundo, um gosto parecido em termos de moda, a procura de ideais de vida constante, entre milhentas de coisas que temos em comum, e fico com a sensação que somos mais parecidos do que realmente pensamos.
O que vou guardar de ti eternamente são as emoções que partilhamos juntos todos os dias da nossa vida, desde o sentimento miserável da pena até ao sentimento gritante e esfusiante de amor, o amor que nasceu puro e que se mantém vivo e aceso nos nossos corações apesar dos defeitos maiores (no meu caso) ou menores (no teu caso) da nossa personalidade.
O meu desejo és tu presentíssima na minha vida. Para sempre.
É o único. *

quinta-feira, julho 30, 2009

Desespero

Desespero.
Sempre que erramos e sabemos que erramos entramos numa colina de desespero que nunca mais se acaba, e onde os caminhos não se fazem por linhas rectas e facilmente vencíveis, os caminhos são tortuosos, cheios de pedras altas, de curvas seguidas de contracurvas que nunca mais acabam e que tendem a fazer-nos pensar se este é o caminho que nos leva direitos à morte.

Desespero.
É quando erramos e sabemos e que o tempo não volta atrás e que o nosso caminho é inexorável e que o tempo passado é inextinguível.

Desespero.
É saber que podemos perder-LA, a pessoa que nos dá o equilíbrio, que nos faz ser sãos e melhores por dentro, que nos guia como uma luz, e que nos protege sempre física e psicologicamente, que nos dá sempre um abraço de conforto e de confiança e um beijo com um misto de paixão e realidade que nos puxa para o lugar certo.

Desespero.
É o sentimento que me domina hoje, se acaba, se é o princípio do fim eu morro por dentro, como a parecer uma velha e antiga montanha dominada por um vulcão negro que teme em não se extinguir e que nunca as suas cinzas servirão de adubo a uma melhor Primavera dominada por tons verdes e coloridos que insistem em fazer com que as flores nasçam de uma for abundante.

Desespero.
É não ser sempre um homem.

quinta-feira, julho 02, 2009

Os meus olhos.

Sempre pensei que os meus olhos não passassem duns simples olhos castanhos, marcados pela vulgaridade de uma cor que não era nem muito viva nem muito suaves, era apenas uma cor comum, que toda a gente tem nos olhos. Mas quando tu chegaste foi como se me tivessem tirado o cabelo e toda a maquilhagem de coisas feias e bonitas que tinha na cara, os meus olhos passaram a ser mais bonitos, a ter uma cor diferente, mais alegre e mais feliz que me preenche o espírito e que espero que te façam felizes sempre, porque são de um verde misturado com castanho, e sei que ninguém tem uns olhos como os meus, e sei que foste tu que descobriste beleza em mim, me deste o alento e a força para me sentir mais auto-confiante do meu valor e da minha beleza, e guardo estes olhos que guardo como herança dum passado bonito e de amor, para os dedicar a ti e a todo o amor que sentimos hoje e que vamos sentir para sempre.
Sei hoje que o amor não é só o amar aquela pessoa e que isso chega, sei que não chega. O amor é feito por todos os sentimentos que nos unem, o respeito pelas nossas coisas pelo espaço do outro, a humildade em aceitar aquilo que podemos ter e esperança por muito mais que o amor nos vai trazer certamente, o sentimento de fidelidade ao saber que somos felizes e que esta felicidade se deve ao facto de sermos um para o outro, a lealdade de termos de contar tido um ao outro sendo mais do que o namorado para ser todos os dias o melhor amigo que nos tem sempre uma palavra de conforto e de solidariedade. eu não sabia nada disto ate há muito pouco tempo, pensava que o amor era só "aquilo", demonstração carnal de desejo e de possessão, sei que a atracção física não deixa de ser algo importante, mas venho muito abaixo na lista de prioridades.
Sei que hoje a minha lista de prioridades futuras se alterou, sei que eu me alterei e me continuo a formar constantemente na escola humana do amor e da amizade, não sou nem metade daquilo que desejava ser, continuo a tentar todos os dias buscar pelo melhor de mim e dar o máximo de mim ás pessoas que o merecem. Namorada, amigos, e família são como a estrutura básica daquilo que sou hoje, tento ser calmo, ponderado, inteligente e racional, mas ao mesmo tempo ser caloroso, apaixonado, e dedicado, como que atingindo um nirvana emocional, em que chego ao ponto em que sinto que verdadeiramente cresci e que sei de todas a vezes o que é melhor para mim.
Hoje sou um ser que mudou graças a ti, a pessoa que se realmente preocupa comigo, que me faz ter uma grande luta para ser melhor, que me ama intensamente e sabe que o futuro pode ser muito bem passado com nós dois sozinhos, isolados do mal. Acredito no bolsinho encarnado cheio de coisas bonitas, de fotos que tiramos em conjunto a olhar o sol, olhos nos olhos e a sorrir fortemente, cúmplices; de concertos, cantores e canções que descobrimos a dois, ficando invariavelmente marcado no nosso caminho; os livros cheios de ideais de futuro e palavras bonitas que nos inundam a plataforma vermelha condutora de sentimento; todos os momentos partilhados juntos em que sabemos que somos só nos e nos entregamos vivamente um ao outro.
Acredito que sou melhor hoje, e estou a lutar diariamente pelo DP.*

terça-feira, junho 16, 2009

Lisboa


Fico intrigado com Lisboa, acho que é uma cidade bonita, e para que fique esclarecido este ponto totalmente digo que Lisboa é uma cidade que faz com que as pessoas que por lá (cá) passam se apaixonem, e eu gosto muito, e acho que vou gostar qté ir desta melhor.
É uma cidade que pode ser vista por muitos prismas diferentes, e cada dia que aqui passo é uma nova experiência e um novo procedimento na minha aprendizagem enquanto cidadão e pessoa de valor, que espero ser ou então tornar-me numa. É uma cidade que fica na retina pela beleza em alguns sítios, ninguém pode dizer que a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, a Rua Augusta, os bairros turísticos, e outras centenas de pontos a visitar na cidade sejam bonitos. Todos os dias vejo aqui perto de onde estou uma série de novos turistas impressionados com as Ruínas do Carmo e com o Elevador de Santa Justa, e sei que eles pensam que aquele pedaço de «modernidade» se encaixa perfeitamente na cidade apesar de ter mais trezentos anos que os edifícios circundantes, e fica perfeito na maneira como consegue olhar o Tejo, o castelo e as colinas.
Mas existe o lado feio de Lisboa, e ele não é assim tão pequeno, e isso assusta-me bastante. Entre as coisas que mais detesto são os sem-abrigo, não acho normal que uma Rua Augusta super passeada pelas pessoas se possa estragar com uma data de pessoas a pedir dinheiro as pessoas do «estrangeiro» que aqui e ali são enganadas à força toda, e até já sei dizer os sítios dos pedintes, há uma senhora de cadeira de rodas que está «estacionada» debaixo do arco da rua Augusta, com uma pronúncia irrepetível; há uma rapariga toxicodependente que abriga sete cães e anda nas ruas da podridão, e que para ganhar algum toca flauta de bisel; e há pelo menos mais um senhor que me parece perfeitamente capaz com um cartaz a dizer que tem uma daquelas doenças incuráveis.
Assusta-me também que em qualquer ponto da cidade seja possível ver uns tipos, que não sei se indianos, paquistaneses ou «bangladeshianos», que andam na rua a vender droga ás pessoas, a oferecer às pessoas para elas consumirem, acho que isto evidencia uma total falta de moral, e desprezo pelos outros.
Detesto também a condução e educação das pessoas em geral na rua, no autocarro, no comboio, nas filas de restaurante, e em todos os sítios em que não se respeita nada, apesar de querer acreditar que isso se deve ao facto da a cidade ser grande e eu ter azar nas pessoas que encontro.
Quero muito acreditar que a verdadeira Lisboa é a dos Santos, onde as pessoas se misturam e convivem sem olhar a raças. Quero acreditar que o Presidente que cá está vai ser reeleito e continuar com o bom trabalho, e tentar melhor Lisboa ponto por ponto. Quero acreditar que Lisboa consegue ser uma cidade ainda mais cosmopolita.
*

quarta-feira, maio 13, 2009

Rótulos.

Desde há muito tempo para cá que detesto que as pessoas façam rótulos. Bons ou maus, quase nunca afirmam a verdadeira identidade da pessoas, e passam por ser um preconceito por algo ou alguém com quem podemos tirar impressões. Os rótulos são algo muito ridículo e que trazem as pessoas uma dificuldade enorme em se livrarem deles, são postos por alguém que se acha superior e vão sendo transmitidos a uma velocidade relâmpago e acabam por ficar como que impressos com um tinta poderosíssima tipo aquela dos cd's na testa das pessoas.

Ninguém merece um rótulo, porque é feio, e traz conotações estranhas ás pessoas.

Pior é quando pessoas de uma hierarquia superior decidem gostar ou não das pessoas como se fosse decidido por moeda ao ar, como se as pessoas fossem um jogo de futebol, ou uma aposta de crianças. Os chefes normalmente dão-se ao seu belo prazer de fazer o que querem do resto das pessoas que estão atrás deles nessa hierarquias. Hoje, um colega meu ficou marcado negativamente porque teve o (in)feliz pensamento e de dizer a um outro colega que a afinação e os valores dessa afinação deviam ser realçados de maneira a que os músicos ficassem de sobreaviso no início do ensaio para os valores dos diversos afinadores não ficarem diferentes e originarem uma série de problemas de afinação à banda. O que aconteceu? Pois, o colega que fez um pedido absolutamente normal, e de perfeito alcance viu-se admoestado verbalmente pelo maestro, que o acusou de "mandar" uma boca, e ficou assim com o rótulo de Reaccionário e de Mandrião, os problemas não se acabaram por aqui que o C. viu-se quase como que humilhado em frente a amigos por uma pessoa que cada vez menos merece o respeito dos seus súbditos.

Há ainda o problema dos "maçaricos" como eu, somos olhados de lado pelo mesmo maestro, porque somos mais novos, o que obviamente não tem lógica nenhuma, pois o nosso valor não devia ser nunca posto em causa, porque se chegamos onde chegamos foi pelo nosso valor e nunca pelo factor C, o mesmo não pode ser dito por parte de outras pessoas. Vimo-nos quase rebaixados por uma pessoa que em termos de habilitações, é simplesmente muito inferior a nós.

Um rótulo marca uma injustiça.

sexta-feira, maio 01, 2009

Selfish Bastard #3

O passado foi escrito a um negro de instabilidade e de más decisões. Nunca me vou arrepender do meu passado, porque simplesmente não o posso apagar, se pudesse apagar provavelmente esquecia-o e não me importava mais. No passado tomei uma série de más decisões em relação ás pessoas com quem me dei, e na maneira como me relacionei com elas. Nunca imaginaria eu na minha parva ingenuidade de criança, que estas decisões iam alterar o meu futuro e influenciar o modo como corre a minha vida.

Não sei, acordo em alguns dias pensando que a melhor acção que posso fazer naquele momento é virar para o lado, desligar a luz, puxar o edredão para cima, e atá amanhã camaradas. Não reparamos na quantidade de m**** que fazemos nas nossas vidas até ao momento em que ela começa a interferir cada vez mais na nossa vida, como se fosse um indesejável parasita alojado no nosso cérebro e no nosso coração. O passado em mim ficou marcado como já disse por más decisões, sinto que não me envolvi com as pessoas certas (quase todas), essas mesmas pessoas marcaram parte do meu carácter que teimo em não deixar de lado e evoluir para algo melhor, que me faça ser feliz, Platão diz que as pessoas que praticam o bem e são boas pessoas são felizes, então é assim que eu gostava de ser. Sei que tenho muito a andar, porque cometo todos os dias erros prejudiciais à minha evolução enquanto ser humano e homem apaixonado numa relação séria.

Vou tentando afastar da minha vida as pessoas prejudiciais ao meu futuro.*

quinta-feira, abril 09, 2009

Cor da minha parede.


Ao vermelho geralmente é atribuído o desígnio de cor do amor, não de forma consciente mas de uma forma inconsciente, pensamos no amor e o que nos vem à cabeça? Exactamente, corações vermelhos, lingerie vermelha, morangos, velas vermelhas e rosas vermelhas! Não será de nos mudarmos para um sítio diferente, mais colorido e mais diversificado? Eu quero, e todos os dias penso nisso, o vermelho é um cor que até é engraçada, mas agora proponho esta minha nova ideia! Vamos dar ao amor a diversidade que ele merece, e que todos os dias as pessoas se atrevem a pôr em causa esta monotonia tipográfica de vermelho.
Por isso, jovens e menos jovens, que acreditam no amor não só como um sentido de união entre duas pessoas, mas algo maior e que se reflecte em todos os nossos gestos e que une toda a gente, como caminho para atingir algo que é a felicidade. Vamos fazer um mundo de cor, um arco-íris de amor, veiculado pelos eléctricos carregados de sentimentos e de lugares, onde vamos professar a existência de um mundo multicolorido, onde o amor chega a nós através de imensas formas diferentes. Esta mudança é para aquelas pessoas que querem e gostam de ser dependentes de alguém no amor.

Eu vejo amor em muitas cores, e muitas variações dessas cores.
Acredito no castanho-escuro, cor dos teus cabelos castanhos escuros, como uma árvore velha, mas com fortes flores a brotarem dos seus nobres ramos, cor dos teus mamilos.
Acredito no castanho-acobreado dos teus olhos, que fazem lembrar uma estação outonal a transitar para o inverno, cor da terra onde nos deitamos e sorrimos longamente, a confessar segredos de jovens apaixonados.
Acredito no negro dos dias maus, porque sim eles também são amor, e pedaços inconstantes e raros de um amor (quase) perfeito e porque hoje também tem associado a si o sentimento de luxo, porque o amor é um luxo e um bem essencial que nunca gostamos de perder.
Acredito no dourado, é o dourado da pele do amor eterno, daquele que vem em longas viagens em cima de areais também dourados, e que procura a perfeição de ser a cor atribuída às mais saudosas conquistas, é o dourado da paixão. O amor é algo majestoso, daí a necessidade de o cobrir da cor que mais personifica a majestosidade.
Vejo um azul, ou muitos azuis diferentes, como o azul-mar português, carregado de paixões e angústias das pessoas que perdem alguém no mar e fazem desse azul o mais profundo confidente da sua dor, apesar de haverem outras pessoas que fazem desse azul o azul da alegria, o enérgico azul da inconsciência e da felicidade; há um azul mais claro, é o azul do céu, onde pessoas vêem o seu futuro escrito ao lado de alguém, céu em cujas nuvens cinzentas carregadas de algo mais que do que mera chuva trazem notícias de um amor quente e puro, embrulhadas num papel pouco esclarecedor mas insignificante dado o seu conteúdo.
No verde vejo a relva alegre, confidente suprema de casais de parque, que amam professa o seu amor num sítio onde o silêncio alheio é amigo da paixão e das confidências, verde da relva em que nos deitamos e abraçamos e comemos gelado e damos beijinhos saborosos após o gelado. É o verde da esperança num futuro sem variações de sentimentos, num amor que durará calmamente e eternamente.
O optimismo no amor tem que ser encarado como uma constante, nunca devemos pensar no amor com muitos anos à frente, pensamos em dias e em momentos, no optimismo que esse momentos nos dão para o futuro, daí o amarelo, uma cor frenética, do sol e da alegria que este nos trás, do facto de não vivermos na sombra, de sermos abençoados por algo tão bom. É a cor do Verão, época do amor.
Gosto dos laranjas do pôr-do-sol, da paz que o pôr-do-sol nos transmite, na rara beleza que um momento desse saboreado a duas pessoas apaixonadas, abraçadas num afecto duradouro.
O último exemplo que dou é o branco (embora muitos mais pudessem ser dados). O branco para mim transmite serenidade, a serenidade põe-nos no campo do amor, a serenidade traz consigo a paz de espírito, a paz no amor, é aquilo que todos os jovens e não jovens apaixonados querem. O branco da pureza do amor, sem nódoas de outras cores que manchem a vida de alguém. Uma parede branca é uma pessoa antes de alcançar o amor, tem espaço para ser pintada, desde que se pegue em alguém e se conheça esse alguém até ao ponto de atingir o amor, assim essa parede começa a ser consumida por todas as outras cores até atingir um quadro irregular, mas que apresenta todos os pedacinhos de segundo abraçados por 2pessoas juntas em harmonia.

A minha parede já está a ser pintada por alguém, e a vossa?*

quarta-feira, março 25, 2009

Prendem-me!

O que me prende mais nas pessoas é o olhar, o olhar consegue fazer com que se percebam sentimentos e pensamentos, ou seja, cobre as duas partes que compõe o ser humano enquanto ser (supostamente) superior ao resto dos animais que habitam o nosso mundinho. Os dois pólos (racional e sentimental) tão antagónicos unem-se quando o objecto primordial da observação e conhecimento do homem enquanto ser humano é o olhar. O olhar é como um "actor" principal na comunicação humana, é através dele que a nossa expressividade ao falar e ao comunicar com os outras pessoas se revela, podemos estar tristes mas se não temos os olhos caídos não nos sentem tristes, podemos estar esfuziantes, mas se o nosso olhar não for brilhante não nos sentem assim.

Gosto de observar os olhares das pessoas em diferentes situações, e ver como o seu olhar expressa o que sentem. Vê-se isso em muitos sítios: tenho uma foto minha e da minha Ritinha do Ano Novo em que toda a gente que via a foto realçava um aspecto, o brilho dos nosso olhos, através do olhar sabia-se exactamente o que pensavamos e o que sentíamos naquele momento, era a faísca do amora, o brilho intenso da felicidade e a sensação dum momento inigualável. Sei doutro momento completamente antagónico e mais mórbido: no funeral do meu avô há 7anos (menos dois dias), lembro-me não só do olhar das pessoas nesse dia, não era só pena, era saudade dos amigos e da família que tinham a noção que perderam um homem bom que queria o melhor para os netos e que os encorajava a seguir a música, o que o coração lhes dizia; sei que havia pena de o perderem; havia desespero por a Morte passar por nós ao ritmo de um comboio que nos vai colhendo a todos, e que apenas pára por aqueles que deseja junto de si. (Desse dia lembro-me de tudo, dos cheiros, das emoções, das dores, do peso exacto da casa de madeira). Mas sei que aquelas pessoas todas o sentiam.

Eu prendo-me muitos olhares.
Aqueles infantis e inocentes que vem junto dum sorriso sincero.
Com os brilhantes que criam em mim uma felicidade permanente e que me fazem acreditar em boas sensações.
Com os olhares de curiosidade prostrados sobre algo.
Prendo-me com os olhares discriminatórios por parte de pessoas que não merecem ser citadas em nenhum tipo de artigo.
Com os olhares enternecidos.
Com os olhares chorosos e felizes.
E todos aqueles que me teimam em despertar novas sensações.

quinta-feira, março 12, 2009

19*


I wanna have nineteen again. :)
Não há palavras suficientes para descrever este sorriso pois não?

Há algo que me diz que serei feliz o resto da minha vida, mas esse algo sabe muito bem que só serei feliz ao lado dela, todos os dias e que vou poder sentir-me no sorriso dela para sempre, sendo parte integrante do corpo dela, e mais importante ainda, da vida dela. Só ela me faz sorrir e parecer meio lerdo num concerto, e ficar abominado pelas belas melodias que em si me chamam mesmo estando a muitos quilómetros dela.
Ela hoje faz 19 anos, sim a minha Margherita d'Italia, está cada vez mais uma grande mulher, que eu quero sentir cada vez mais ser o homem da vida dela, ou então a pessoa que a vai fazer feliz eternamente.
Não há mais nada que eu possa dizer que não esteja no sorriso dela. :)

Amazing, truly amazing!*

(o presente é uma vivência, algo para além do material, um concerto fantástico dos "The Cinematic Orchestra", para a nossa música*)




sexta-feira, fevereiro 27, 2009

O Corpo

"O tempo sara, não cura."
O tempo tem de me deixar passar, deixar-me atravessar esta crise de confiança e desconfiança sobre mim, mas sei lá no fundo muito bem, que só eu posso fazer com que a tempestade pare, e que os raios fortes de sol comecem a raiar, como uma bonança que vem para nos afagar o coração, enche-los de brio e felicidade.

Sei bem que os erros que cometi não se vão apagar como simples erros ortográficos que nunca mais vão voltar a acontecer. Sei que preciso de gestos, muitos gestos bons, uma montanha enorme carregada de gestos bons, para apagar os muito maus que cometi. Por isso, o meu objectivo com este texto não é apenas dizer coisas bonitas, nem ser superficial, ou transparente, porque não sou assim, sou uma pessoa carregada de emoções sejam elas boas, ou más. Vejo o texto como um mea culpa (minha culpa), e não como uma absolvição final, que acabe de vez com o que é mau. Não é só um texto, é um reconhecimento público do que és para mim, mais em termos físicos.

***

Para mim, o teu corpo nunca será um corpo, terá de ser sempre mais do que isso, mais do que carne, músculos, ossos e tendões. O teu corpo terá sempre uma cara associada, e essa mesma cara, não é apenas mais uma cara, é a tua cara. Aquela que traz consigo os olhos castanhos cor de Outono, que são castanho-acobreados, um castanho muito vermelho e muito pouco vulgar, que faz lembrar os finais de pôr-de-sol, muito etéreos, mas fazem-me lembrar o México, sobretudo naqueles desertos áridos avermelhados, exactamente fantásticos no pôr-do-sol. Aquelas faces que trazem uns lábios pouco vulgares, vermelhos viçosos e grossos, suaves e cremosos, gostosos e de perdição, que ajudam a criar aquilo que toda a gente diz que é uma das tuas melhores qualidades, o teu sorriso. Ele é grande, criando uma paisagem de acolhimento para os olhos alheios que vêm nele um pouso para uma nova amizade, ou o calor de uma pessoa boa, eu chamo-lhe fantástico, mas muitas mais coisas podia chamar. È um sorriso de perdição.
O teu corpo é atraente e sensual duma forma como nunca antes vi. Não tem imperfeições. Não estou a dizer isto apenas porque te amo, estou a dizer porque o sei, fico regalado quando o vejo. Tens o umbigo mais perfeito do mundo, embora não gostes de umbigos, acho que o teu é redondinho, sem cotão, encantador de uma forma totalmente nova. Tens uma linha abdominal e uma barriga invejáveis, sem gordura, nem pedaços de carne a mais, tudo na tua barriga parece feito de forma simétrica, de acordo com as noções de Apolo, daquilo que ele desejaria para si. Os teus peitos tem a forma exacta que deviam ter, não são grandes nem são pequenos, são perfeitos, correm e identificam-se de uma forma totalmente harmoniosa com a linha da barriga. Mas falta a pele, a pele é algo de verdadeiramente extraordinário, fazes-me lembrar uma princesa libanesa, porque tens uma pele mais escura que a portuguesa comum, e eu gosto muito, como se te quisesses distinguir ainda mais do que te rodeia. Ela é suave e delicada, e os beijos que lhes dou são os mais intensos que podia alguma vez dar.
Não sabes quão bom é poder abraçar-te, sentir-te, sentir o teu corpo harmonioso e feito com as linhas mais perfeitas dos melhores artistas, com uma sensatez absoluta de um corpo invejável, e incomparável. Tudo o que fiz no passado não significa nada com o que sinto agora ao pensar no teu corpo, não sei como antes não pensei tanto nele, erradamente não lhe dava o valor que ele merecia, mas agora dou, porque sei que é o único que desejo ardentemente e o único que me atrai duma maneira insuportavelmente boa.

És incomparável.**
Margherita d' italia.**

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Tempo #2

O que é o tempo?
O que faz o tempo?
O que nos faz mover no tempo?

Não será o tempo um protector dos sentimentos? Penso que as pessoas atribuem demasiada importância à expressão "Isto vai passar com o tempo.". Acho que o tempo não tem nada a ver com o "isto", e o que é o "isto?. O "isto" geralmente são sentimentos maus, sentimentos inolvidáveis e indissociáveis de coisas que nos aconteceram, coisas que ficam marcadas a ferro flamejante no cérebro, algo ou alguém que não conseguimos esquecer, um trabalho fantástico que perdemos e que não conseguimos simplesmente acreditar nisso. São momentos que tentamos esquecer, e no qual tentamos acreditar que o tempo os vai levar simplesmente para fora da nossa rotina de pensamento, mas eu não acredito nisso, acredito que independentemente da altura da nossa vida em que estejamos, os factos maus estão sempre lá, mas nós é que medimos a importância que lhes damos.
Acredito piamente que os factos maus não são esquecidos com o tempo, apenas eu acho que lhes dou menos importância, ou dou como um sinal de aviso para as próximas vezes que tiver em situações diferentes, para simplesmente não voltar a cair no mesmo erro, fazer as pessoas que gosto mais felizes, não as enganar nem as fazer sofrer nem as magoar, acreditar que fiz o melhor para conseguir aquele trabalho.

O tempo sara, não cura. As pessoas curam. O tempo não faz esquecer, apenas põe um lenço em cima das feridas. O tempo não é matemático. As pessoas têm diferentes reacções, e diferentes maneiras de resistir à dor, e curar a dor. O tempo não faz nada por nós, nós é que temos de nos mexermos, de fazer com que o tempo não passe rápido para afagar a tristeza. O tempo passa mais rápido quando nos sentimos felizes, as horas voam quando estamos com aquela pessoa, quando partilhamos momentos lindos, e quando nos sentimos fantásticos no trabalho. e é para isso que as pessoas devem trabalhar, para que o tempo passe rápido, sobre a forma de felicidade inesgotável, e com aqueles que nos querem bem.

O tempo é efémero, e devemos aproveitarmo-nos disso.
Para sermos felizes.*

sábado, janeiro 31, 2009

A Chuva...

Este fim-de-semana é o do mau tempo! Outra vez! Sim, outra vez. A chuva veio para ficar, aliás, sempre que a chuva vem é sinal que algo de mau está para acontecer, ou então não, sou só eu que nos meus pensamentos terrenos quero fazer parecer que sim.
No meu entender, chuva não é sinónimo de prosperidade, chuva é apenas sinónimo de ambientes familiares! Agora perguntem-se: "Oh Pete! Ambientes familiares?", ao que ao respondo obviamente que sim. A chuva é uma chatice na maior parte das vezes, porque nos deixa sem grandes opções de saídas no fim-de-semana, daí tentarmos passar esses dias enfiados num covil, com aquela pessoa que amamos a fazer algo que gostamos, ver um filme em casa, ou no cinema, ir tomar um chá muito bom com um bolinho de chocolate à nossa Rota, passear no Shopping, enfim, uma panóplia de divertimentos por assim dizer indoor.
A chuva personifica em mim algumas coisas, gosto de pensar na chuva como um ponto de viragem, uma espécie de renascer, tudo o que é mau é levado pela água, e o que está mais gasto ou menos limpo é lavado por essa mesma água. Significa acolhimento, aqueles que nos limpam e secam da chuva de maus pensamentos terão sempre um lugar no nosso coração.

A chuva é dia de programas, na Segunda foram os "nossos" Deolinda e amanhã é o livro com o conto da Joana! Quero muito estar lá para finalmente conhecer uma pessoa por quem nutro uma admiração ao nível de escrita e da claridade do pensamento. Mas também como pessoa a Joana me parece ser uma pessoa daquelas que merecem os fogachos de sorte que vão tendo, e pelo qual trabalham arduamente.

A minha escrita não melhorou de há uns tempos para cá talvez por causa da minha falta de hábito de escrever ultimamente, e por já não ler um livro completo há 1 ou 2 meses, faço votos para ter coragem e vontade de ler e escrever, para evoluir enquanto ser que tenta explanar os seus sentimentos num pedacinho de página branca da Internet.






quarta-feira, janeiro 14, 2009

O indivíduo #1

Um pouco de muito e muito sobre pouco.
As ideias teimam em não surgir, surge uma voz na cabeça que diz que há qualquer coisa mal, que o indivíduo diz que não estará a tomar a melhor atitude nos seus actos constantemente, que os seus pensamentos não saem puros como ele gostava que saíssem.
Pensa que a vida não será mais que uma grande melodia de Mozart, em que se sobe muitas vezes por pequenos degraus e pequenos passos, e se cai igualmente da mesma forma.
Pensa que a vida pode ser Alban Berg, recheada de pequenos pontos, que não tem ligação entre si, e que fazem parte duma coisa maior, e que avulsas são igual a pouco.
O indivíduo pensa na beleza e sensibilidade da música de Debussy, que é inovadora para as pessoas, com ideias nunca antes vistas, que primam pela beleza e descrição das paisagens da vida.
Pode ser Varése com pedaços de metais, e de rua a cair, com a tenacidade das serras eléctricas a cortarem vigas de ferro, com carros a tocar com pouco subtileza, ou o som de charcos de água explorados por crianças.
O indivíduo identifica-se em John Cage sobretudo pela sua maneira de criar música a partir do seu silêncio e do barulho das outras pessoas, acredita que para se impor apenas tem de ficar no sítio e esperar que as pessoas discutam até repararem nele, o indivíduo capaz da criação. ("4:33m").
O indivíduo não é mais que um ser humano normal, quer apenas ser feliz o resto da sua vida, com o mínimo de preocupações e com o máximo de alegrias possíveis. Não passa de um ser-pensativo, que não sabe bem o que pensar, e que se calhar por isso, apenas pensa demasiado nas coisas que quer que não aconteçam, e na maneira como quer projectar o seu futuro nos outros.
O individuo não é perfeito, longe disso. O indivíduo é ele próprio, mas com uma embalagem cheia de significados através de outros compositores, e todo a sua vida se baseia em reinterpreta-los. e ser feliz.