quinta-feira, julho 30, 2009

Desespero

Desespero.
Sempre que erramos e sabemos que erramos entramos numa colina de desespero que nunca mais se acaba, e onde os caminhos não se fazem por linhas rectas e facilmente vencíveis, os caminhos são tortuosos, cheios de pedras altas, de curvas seguidas de contracurvas que nunca mais acabam e que tendem a fazer-nos pensar se este é o caminho que nos leva direitos à morte.

Desespero.
É quando erramos e sabemos e que o tempo não volta atrás e que o nosso caminho é inexorável e que o tempo passado é inextinguível.

Desespero.
É saber que podemos perder-LA, a pessoa que nos dá o equilíbrio, que nos faz ser sãos e melhores por dentro, que nos guia como uma luz, e que nos protege sempre física e psicologicamente, que nos dá sempre um abraço de conforto e de confiança e um beijo com um misto de paixão e realidade que nos puxa para o lugar certo.

Desespero.
É o sentimento que me domina hoje, se acaba, se é o princípio do fim eu morro por dentro, como a parecer uma velha e antiga montanha dominada por um vulcão negro que teme em não se extinguir e que nunca as suas cinzas servirão de adubo a uma melhor Primavera dominada por tons verdes e coloridos que insistem em fazer com que as flores nasçam de uma for abundante.

Desespero.
É não ser sempre um homem.

2 comentários:

Joana disse...

És sempre um homem. :))))

Mesmo quando não o és: ser falível, falhar, é ser tão homem quanto és quando te tentas equlibrar na corda frágil da perfeição na vida. :D

Pelo menos dois dos 'Desesperos' que enunciaste me parecem outras coisas: ansiedade um, angústia outro, e é tudo de facto mau, doloroso e instável - thank God for that. Nenhum desespero, nenhuma angústica, nenhuma ansiedade é eterna por muito que sejam totais enquanto existem em ti.

Eterna mesmo mesmo meeeeeeesmo eterna é ELA, a pessoa que te puxa para o lugar certo, se não a tomares por uma parte de ti mas a considerares como uma parte da tua vida. (A melhor. Eheheh!)

Jinhos para acalmar esse 'Desespero' múltiplo.

Maria Rita disse...

Não depende apenas de nós. Não depende apenas do amor que temos pelo(s) outro(s). Não depende de palavras. Não depende de palavras imploradas e saídas do coração mais profundo. Depende de acções, das verdadeiras. Depende daquilo que o coração teima em guardar e que o parte sempre. Sempre. *