Por vezes pergunto-me se vivo no planeta certo.
Por vezes interrogo-me se este é o mundo em que quero viver.
Por vezes questiono-me se todas as pessoas são aquilo que mostram.
Por vezes, acho que é melhor nem sequer saber a resposta.
Porquê estes pensamentos tão descabidos e negativos acerca da condição humana?
Tornei-me uma pessoa mais dada ao social nos últimos tempos graças a um grande amigo meu, e começo a observar os comportamentos das pessoas que saem a noite para os bares (ou club’s como agora lhe chamam). Irrita-me profundamente ver a máscara que as pessoas levam no dia-a-dia, quase sempre olho para as pessoas e me parece ver clones de um mesmo personagem, que se vestem da mesma maneira, falam da mesma maneira, tem os meus (maus) gostos, e só se preocupam em agradar aos outros, mesmo a quem não interessa. Então faço a pergunta, será que vivemos num mundo de clones?
Tenho-me perguntado porque me sinto tão deslocado dos outros ultimamente. Acho, que não me agrade no mundo em que apesar de tudo nos estamos a tornar (quando falo do mundo refiro-me ao nosso mundinho, Portugal). Vivemos numa sociedade dominada pela falta de investimento estrangeiro, onde proliferam lares destruídos devido à falta de emprego, devido à falta de dinheiro, e sobretudo proliferado pela falta de humildade dos portugueses.
Acho que o mundo está a tornar-se o ideal dessas pessoas que vivem por detrás dessas máscaras, e que parecem ter dupla personalidade, que em frente ás pessoas que conhecem são uma pessoa e quando estão sozinhas são outra pessoa. Aquelas pessoas, que podem parecer pessoas cheias de confiança, com grandes “manias”, com aquela preocupação sobrevalorizada sobre o que vestem, sobre o que usam, e sobre o que dizem, mas que quando estão sozinhas na escuridão do seu quarto não são mais que uns bonecos inanimados sem pensamento próprio, e que apenas são clonados de alguma “socialite” (se isso existir).
Não quero saber o que pensam de mim na maioria das vezes, acho que ou gostam de mim ou odeiam-me, acho que não há um meio termo para falarem de mim, que se calhar sou controverso pela minha maneira de ser.
Sou diferente e isso basta-me.