terça-feira, junho 16, 2009

Lisboa


Fico intrigado com Lisboa, acho que é uma cidade bonita, e para que fique esclarecido este ponto totalmente digo que Lisboa é uma cidade que faz com que as pessoas que por lá (cá) passam se apaixonem, e eu gosto muito, e acho que vou gostar qté ir desta melhor.
É uma cidade que pode ser vista por muitos prismas diferentes, e cada dia que aqui passo é uma nova experiência e um novo procedimento na minha aprendizagem enquanto cidadão e pessoa de valor, que espero ser ou então tornar-me numa. É uma cidade que fica na retina pela beleza em alguns sítios, ninguém pode dizer que a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, a Rua Augusta, os bairros turísticos, e outras centenas de pontos a visitar na cidade sejam bonitos. Todos os dias vejo aqui perto de onde estou uma série de novos turistas impressionados com as Ruínas do Carmo e com o Elevador de Santa Justa, e sei que eles pensam que aquele pedaço de «modernidade» se encaixa perfeitamente na cidade apesar de ter mais trezentos anos que os edifícios circundantes, e fica perfeito na maneira como consegue olhar o Tejo, o castelo e as colinas.
Mas existe o lado feio de Lisboa, e ele não é assim tão pequeno, e isso assusta-me bastante. Entre as coisas que mais detesto são os sem-abrigo, não acho normal que uma Rua Augusta super passeada pelas pessoas se possa estragar com uma data de pessoas a pedir dinheiro as pessoas do «estrangeiro» que aqui e ali são enganadas à força toda, e até já sei dizer os sítios dos pedintes, há uma senhora de cadeira de rodas que está «estacionada» debaixo do arco da rua Augusta, com uma pronúncia irrepetível; há uma rapariga toxicodependente que abriga sete cães e anda nas ruas da podridão, e que para ganhar algum toca flauta de bisel; e há pelo menos mais um senhor que me parece perfeitamente capaz com um cartaz a dizer que tem uma daquelas doenças incuráveis.
Assusta-me também que em qualquer ponto da cidade seja possível ver uns tipos, que não sei se indianos, paquistaneses ou «bangladeshianos», que andam na rua a vender droga ás pessoas, a oferecer às pessoas para elas consumirem, acho que isto evidencia uma total falta de moral, e desprezo pelos outros.
Detesto também a condução e educação das pessoas em geral na rua, no autocarro, no comboio, nas filas de restaurante, e em todos os sítios em que não se respeita nada, apesar de querer acreditar que isso se deve ao facto da a cidade ser grande e eu ter azar nas pessoas que encontro.
Quero muito acreditar que a verdadeira Lisboa é a dos Santos, onde as pessoas se misturam e convivem sem olhar a raças. Quero acreditar que o Presidente que cá está vai ser reeleito e continuar com o bom trabalho, e tentar melhor Lisboa ponto por ponto. Quero acreditar que Lisboa consegue ser uma cidade ainda mais cosmopolita.
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