sábado, janeiro 31, 2009

A Chuva...

Este fim-de-semana é o do mau tempo! Outra vez! Sim, outra vez. A chuva veio para ficar, aliás, sempre que a chuva vem é sinal que algo de mau está para acontecer, ou então não, sou só eu que nos meus pensamentos terrenos quero fazer parecer que sim.
No meu entender, chuva não é sinónimo de prosperidade, chuva é apenas sinónimo de ambientes familiares! Agora perguntem-se: "Oh Pete! Ambientes familiares?", ao que ao respondo obviamente que sim. A chuva é uma chatice na maior parte das vezes, porque nos deixa sem grandes opções de saídas no fim-de-semana, daí tentarmos passar esses dias enfiados num covil, com aquela pessoa que amamos a fazer algo que gostamos, ver um filme em casa, ou no cinema, ir tomar um chá muito bom com um bolinho de chocolate à nossa Rota, passear no Shopping, enfim, uma panóplia de divertimentos por assim dizer indoor.
A chuva personifica em mim algumas coisas, gosto de pensar na chuva como um ponto de viragem, uma espécie de renascer, tudo o que é mau é levado pela água, e o que está mais gasto ou menos limpo é lavado por essa mesma água. Significa acolhimento, aqueles que nos limpam e secam da chuva de maus pensamentos terão sempre um lugar no nosso coração.

A chuva é dia de programas, na Segunda foram os "nossos" Deolinda e amanhã é o livro com o conto da Joana! Quero muito estar lá para finalmente conhecer uma pessoa por quem nutro uma admiração ao nível de escrita e da claridade do pensamento. Mas também como pessoa a Joana me parece ser uma pessoa daquelas que merecem os fogachos de sorte que vão tendo, e pelo qual trabalham arduamente.

A minha escrita não melhorou de há uns tempos para cá talvez por causa da minha falta de hábito de escrever ultimamente, e por já não ler um livro completo há 1 ou 2 meses, faço votos para ter coragem e vontade de ler e escrever, para evoluir enquanto ser que tenta explanar os seus sentimentos num pedacinho de página branca da Internet.






quarta-feira, janeiro 14, 2009

O indivíduo #1

Um pouco de muito e muito sobre pouco.
As ideias teimam em não surgir, surge uma voz na cabeça que diz que há qualquer coisa mal, que o indivíduo diz que não estará a tomar a melhor atitude nos seus actos constantemente, que os seus pensamentos não saem puros como ele gostava que saíssem.
Pensa que a vida não será mais que uma grande melodia de Mozart, em que se sobe muitas vezes por pequenos degraus e pequenos passos, e se cai igualmente da mesma forma.
Pensa que a vida pode ser Alban Berg, recheada de pequenos pontos, que não tem ligação entre si, e que fazem parte duma coisa maior, e que avulsas são igual a pouco.
O indivíduo pensa na beleza e sensibilidade da música de Debussy, que é inovadora para as pessoas, com ideias nunca antes vistas, que primam pela beleza e descrição das paisagens da vida.
Pode ser Varése com pedaços de metais, e de rua a cair, com a tenacidade das serras eléctricas a cortarem vigas de ferro, com carros a tocar com pouco subtileza, ou o som de charcos de água explorados por crianças.
O indivíduo identifica-se em John Cage sobretudo pela sua maneira de criar música a partir do seu silêncio e do barulho das outras pessoas, acredita que para se impor apenas tem de ficar no sítio e esperar que as pessoas discutam até repararem nele, o indivíduo capaz da criação. ("4:33m").
O indivíduo não é mais que um ser humano normal, quer apenas ser feliz o resto da sua vida, com o mínimo de preocupações e com o máximo de alegrias possíveis. Não passa de um ser-pensativo, que não sabe bem o que pensar, e que se calhar por isso, apenas pensa demasiado nas coisas que quer que não aconteçam, e na maneira como quer projectar o seu futuro nos outros.
O individuo não é perfeito, longe disso. O indivíduo é ele próprio, mas com uma embalagem cheia de significados através de outros compositores, e todo a sua vida se baseia em reinterpreta-los. e ser feliz.