sexta-feira, novembro 24, 2006

Abraço #1

Um abraço tem muitos poderes.
Tantos poderes psicológicos e sociais que nos fazem delirar, daqueles delirios bons, alegres, felizes, que nos enchem um coração.
Normalmente, só daria abraços em algumas ocasiões: a quem não visse há um enorme tempo; quando damos aquele chocho à nossa avô que começa a perder aqueles sinais vitais de lucidez, de vitalidade agnóstica, a quem o tempo deixou marcas, a quem as ciências em nada interferem na vida, aquela avô que olha para nós e vê sempre aquele puto que tinha sonhos e delírios, que queria ser médico, astronauta, e piloto, e tudo ao mesmo tempo; no fim duma vitória que foi suada e que tem mais que um valor pontual, sente-se aquela pontinha de orgulho; a alguém que precisa dum grande ombro amigo; um abraço tem o poder de nos fazer sentirmos calmos e em paz.
Mas, tenho redescobrido o que é para mim o verdadeiro sentido de um abraço, um abraço é um sentimento ou ainda melhor, a maneira de uma pessoa descobrir um sentimento nos braços e corpo de outra pessoa.
Um abraço é um movimento reconfortante e intímo que deixa a mais triste das pessoas num estado dealma mais pacífico, abraçar, é a maneira de mostrar afecto mais simples...





quinta-feira, novembro 09, 2006

Paixão #1


O que leva as pessoas a apaixonarem-se neste mundo pequenino? O amor é um sentimento tão grande, tão nobre e tão raro nestes dias lúgubres em que estamos, que fica simplesmente difícil descrever em muitas palavras o que é o amor, quanto mais em poucas...
O significado da palavra Amor em si, é um pouco abstracta, já que significa muitas coisas para muita gente diferente só que o sentimento é semelhante. Para mim, simples mortal, amor é um sentimento dramático, as pessoas conseguem viver ou morrer à sombra deste sentimento, há qualquer coisa nele que nos fascina, há na maioria das pessoas algo que as faz acreditar na felicidade e na esperança de amar. É um sentimento de declarações intensas, que marcam o rumo das pessoas que por ele se sentem afectados, não é apenas um sentimento de revolta, é aquilo que não conseguimos calar por mais intenso ou mais fraco que seja.
É um sentimento que leva o mais pequeno dos Gregos a serem tocados pela deusa Atena. Eu já fui tocado em tempos por uma Atena terrena, mas tudo não passou de um capítulo de um filme de "E tudo o que o Vento levou".


Olhei para ela e pensei, perdi o meu coração por aquelas zonas e não o pensava em tirar dali tão cedo. Dentro de mim senti um palpitar, o meu coração parecia soltar-se do sítio estabelecido desde o início dos tempos, para andar perdido noutro corpo que não é o meu. A minha deusa fez-me sentir descansado e maravilhado por ter encontrado a paz no sítio menos esperado, numa paixão ardente. Os seus lábios são magnânimes, pequeninos mas doces, doces como o bolo mais açucarado, o melhor dos chocolates dos Alpes e do mel das abelhas mais cremoso. Os seus olhos são uma tentação, capazes de levar o mais poderoso dos Deuses descer á Terra só para apreciar esta 8ªmaravilha, são olhos de côr (não castanhos, não pretos) são de côr, brilham, são exóticos como o mar das Caraíbas ou o Sol das Áfricas. Bom...Melhor...Grande...Enorme...Majestoso..Fantástico...Simplesmente deslumbrante...
A despedida, a despedida é digna dos melhores filmes de Hollywood, aqueles em que o infortunado do amante vê Atena desaparecer nos caminhos do Sol, anunciando que aquele dia nunca acabará.




quarta-feira, novembro 08, 2006

Ser-pensativo #1



Vivemos numa sociedade castrador hoje em dia, em que o pensamento completamente livre de pressões é uma coisa rara, em que as pessoas parecem ter de condicionar o seu pensamento ao que os grupos em que essas mesma pessoas estão inseridas, os pensamentos estão embargados para os colectivos, fazendo com que as individualidades não floresçam.
Considero que hoje pensar por nós próprios é um risco dificíl de correr, porque não sabemos se o pensamento será bem aceite, nem sabemos tão pouco se o facto de pensarmos será incómodo para as pessoas que nos dirigem ou pelo menos tentam nos dirigir. Falo por mim, quando digo que não sou uma pessoa de feitio fácil, porque sempre tive o feitio de questionar as condições, formas de servir e as maneiras de se organizarem os grupos onde estou inserido, e isso é dificíl de aceitar para as pessoas que são condutores de homens, porque uma pessoa que questione num grupo nem sempre é fácil de aceitar e é algo dificíl de gerir. Sou um inconformado, um rebelde do pensamento, acho que a maior parte das vezes, o facto de pensar e compreender as questões que me rodeiam nem sempre são favoráveis para mim, sou considerado como um elemento á parte do grupo.
Ter pensamentos nem sempre é fácil, chego a ter 3 e 4 momentos de pensamentos por dia, admirados?...Não fiquem, considero que a maior parte das vezes em que pensámos, não estámos a pensar, mas sim a executar acções e a fazer rotinas. Considero que pensar é um acto de reflexão, de meditação em que evoluímos intelectualmente, não em que somos robôs da vida, e executámos carregando na tecla "Enter"....Pode ser mal interpretado, ou eu sou mesmo estroina....
"Tás a arranjar lenha para te enforcar"

segunda-feira, novembro 06, 2006

Religião? No thanks.

Nós estamos envolvidos em diferentes meios sociais e culturais em que as coisas não parecem tomar um rumo desejado, em que a equipa não joga bem, em que o namorado(a) falha os compromissos, em que o exame simplesmente fica muito em branco, dias em que espetamos o carro, dias em que há confrontos com violencia fisica ou verbal, em que a orquestra toca sem o maestro. Nesses dias, falta a entidade reguladora que nos guie, a nossa estrela polar.
Nem sempre se podem ter os pássaros na mão, há dias em que temos de correr deles, atrás da felicidade que nos teima em fugir, mas sempre com a consciência de que temos algo pelo qual devemos correr e arrasar.
Apesar de católico, acho que me estou a tornar numa espécie de deísta, para quem não sabe são pessoas que não acreditam que exista o Deus católico, ou um Buda, ou um Luterano com quem temos uma relação intíma e pessoal, mas um deísta é alguém que acredita numa entidade superior, não venerando  ou adorando essa entidade, sem viver à base de dogmas, mas sim alguém algo do género do grande Relojoeiro, o que criou e deixou depois as coisas continuarem a seguir o seu curso, positiva ou negativamente, mas sem nunca interferir nesse mesmo curso, apenas deixando os ponteiros correrem por si.
Outro não-catolicismo em que acredito é algo do género dum Kharma, que diz que se nos acontecem coisas boas, é porque fizemos boas acções e tomámos boas decisões, e vice-versa. Acho que este Kharma é um pouco do fatalismo e do destino da vida, somos o que somos pelas decisões que tomámos, nunca saímos iguais duma experiência, ou saímos melhores ou piores, mas nunca iguais.
Sejam católicos, hindus, budistas, luteranas, evangélicos, ou outra coisa qualquer, lembrem-se que o caminho para a felicidade é destinado por nós mesmos e que só nós temos o poder de mudar os nossos caminhos. Posso estar errado, mas apenas porque sou uma pessoa que acredita no Homem.
Don't worry be happy.




quarta-feira, novembro 01, 2006

A vida não é fácil.


Nem sempre caímos nas boas graças do mundo que nos rodeia, por vezes é por acções que fazemos que caímos em desgraça, e em último caso é porque pessoas que não nos merecem tendem a fazer-nos sofrer dia após dia através de dizerem coisas que não sentem ou não querem sentir.
A vida é um imenso mar de sentimentos, na maioria dos dias podemos estar mais extasiados do que o Arqueólogo que descobriu um túmulo faraónico, e no dia a seguir podemos sentirmo-nos como se fossemos um monte de terra usada para encher serras. O que não podemos é desistir de ter uma vida feliz, não podemos desistir que queiram o melhor para nós, que nos encham de carinho, que nos façam sentir como um imperador que tem o comando do mundo, e que pode sozinho mudar o destino da sua própria vida, bastando apenas sorrir para todas as situações que se nos apresentam no dia, sem nunca virar cara à luta.

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Porque o teu olhar faz alguém sentir-se diferente, assustado com tamanha vida que brota de apenas dois pequenos olhos que brilhando fazem o mais rico sentir-se o mais pobre.
Porque o teu sorriso é diferente, o teu sorriso aquece o mais gélido dos corações que não experimentou a doce sensação de amor na parte mais profunda e individual do seu ser.
Porque a tua simpatia encanta, juntamente com a simplicidade do teu ser.
Porque cantas e danças como eu dificilmente conseguiria fazer.
Por tudo isto, não deixes que o teu mundo e o dos outros caia sobre ti. Segue em frente.
Porque se calhar até consegues mandar em Mundos, Feiticeira.