quinta-feira, outubro 22, 2009

00341, Roma, Italie.

Pedro,

Sei, sim, com toda a certeza que vens abraçar-me todos os dias. Não sei como pudeste pensar que nunca te tinha sentido. Há dias que e escondes debaixo do casaco de algodão branco do senhor cubano, de rosto avermelhado e com a guitarra a cantar o Sole Mio numa versão sul-americana e numa voz quase tão invulgar como a beleza das ruas que se erguem no meu caminho. Outros dias vens a servir de companhia ao outro senhor, mais velho, que toca uma melodia meia-arranhada/meia-bonita, sem técnica académica, claramente, mas com a experiência dura da vida. O som que deitam os dedos e o arco não são dos melhores que já ouvi. Mas são enérgicos, quase tanto como o Sol, e a meu ver percorrem os quatros cantos do mundo em cada nota que lançam ao ar.
E é assim, quase todos os dias, no caminho para casa, enquanto os meus olhos deslizam pela rua e os meus dedos tocam as casas através do vidro embaciado da janela, que vens ao meu encontro. Entrelaço-me no lenço púrpura; prendo-o com mais força a mim e deixo-o subir à boca, ao nariz, aos ouvidos e aos olhos. Fecho-os. Tenho medo do frio imenso que faz fora de mim. E tu vais-te embora, junto ao som da guitarra velha; vais-te embora com a voz rouca do senhor cubano. Vais-te embora exactamente ao mesmo tempo que se esvaira a melodia do violino.
E eu aconchego-me melhor ao lenço, olho o relógio... Já passaram cinco minutos desde que te foste e a única coisa que me esqueci de te dizer foi que o teu sorriso estava especialmente bonito e que, ainda que te veja todos os dias, tenho saudades tuas. And nothing else matters.

segunda-feira, outubro 12, 2009

Missing you.

Normalmente sinto saudades, mas saudades pequenas, saudades que são afastadas todos os fins-de-semana com olhares, com beijos, com abraços, com olhares, e sentimentos belos que a todo o momento nos preenchem a alma, sabendo que o nosso amor está mesmo ali, ao virar da rua, num sítio próximo. Essas saudades são saudáveis e fazem com que o amor saia fortalecido após dois ou três dias de amor próximo e de retorno imediato.

Agora, estas saudades pelas quais passamos tem o condão de mudar a relação que temos, estamos muito longe, mas mesmo muito longe, mas não é isso que nos vai impedir de sermos tudo um para o outro a distâncias entre duas capitais europeias, belas e cosmopolitas, onde o passado choca com o presente e mais tarde com o futuro de maneiras imaginavelmente belas e macabras. E cabe-nos a nós continuar a conduzir a relação que temos para ser a cada dia que passa mais aquilo que queremos, e até podemos começar a construir cada vez mais um relação onde o platonismo, o sentido de amor é cada vez mais forte e sabemos que temos a força um no outro, que o amor supera distâncias, barreiras electrónicas, e todos os pequenos problemas que por vezes nos afectam.

A confiança que temos um no outro pode ser cada vez mais reforçada através da total abertura entre os dois apesar da realmente longa distância que nos aflige.

Sei que todos os dias e a toda a hora sinto saudades tuas, como se o meu dia deixasse de ser preenchido por tudo que nos é bom, ou quase tudo o que nos enche de satisfação e de alegria. De manhã acordo menos bem-disposto porque não vejo a tua mensagem de bom dia, sinto falta do teu apoio constante durante o dia e da vontade que me consegues imprimir a fazer aquilo que mais gosto, sinto falta da tua voz suave e do teu jeito sensível, de ir aos chás, ao gelados , de fazr receitas de scones com chá em minha casa, de passar,os tardes juntas sem nada à nossa volta que nos incomode, mas sei que o nosso amor não precisa de voltas inesperadas, e sei que o caminho vai ser sempre recto, natural e feliz.
Vamos ser sempre como duas partes do mesmo caminho, como duas partes diferentes, mas que vão sempre caminhar na mesma direcção, em que o amor deixa de ser só uma palavra e passa a ser parte de nós, do que nós senitmos, do que nós fazemos e do que nós queremos.

Eu Amo-te! Miss You!