terça-feira, fevereiro 16, 2010

Selfish Bastard #5

Posso ter bem claro na minha cabeça quão fundo me enterrei, posso dizer que se estivesse um bocadinho mais fundo provavelmente estava no centro quente da terra, a ser trucidado, com o corpo a ficar em cinzas pequenas e insignificantes, insignificantes do tamanho da qualidade da minha personalidade com a qual me vejo confrontado. Sei hoje e tenho constatado cada vez mais quão pequena é a minha capacidade de tratar bem as pessoas de quem amo e gosto, sinto que não sou suficiente, que não tenho em mim o amor e a graça necessárias para ser um homem maior. 
Tenho para mim que agora é que tenho o maior desafio da minha vida, crescer em proporções bíblicas, para me tornar suficiente para conseguir conquistar as pessoas que amo. Crescer para tentar fazer com que um NÃO, se torne num não, e que depois esse não se transforme em talvez, e que esse talvez lá longe se vá cair num sim, e que aos teus olhos um dia seja um SIM, um Sim capaz de transformar um mundo ao seu simples toque. Sei que talvez agora seja demasiado pesado e diria mesmo impossível lutar por ti, mas nunca vou desistir de te ter de volta, por tudo o que significas para mim, e para te recompensar por todo o mal que te consegui fazer.
Tenho de sentir mais, pensar mais e saber o que pretendo de mim mesmo. Tenho de me tornar homem, ser mais tudo, dar tudo o que consigo pelos bens que quero. Estou a pagar pelos erros do passado, é justo, mas isso não significa que desista. Posso nunca mais te ter, posso sair magoado, posso ficar marcado pela tua saída da minha vida para sempre, posso cair num fosso sem fim, posso acabar com o mundo tal como o conheço, mas ao lutar por ti sei que vou lutar por mais do que uma coisa além de ti, vou lutar em ganhar mais personalidade, mais amor-próprio e ganhar uma vida.
Vou esperar sempre por ti. Para criar um trilho sem pedras.
I can't take my mind off you.*

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Hoje, eu morri, morri.

Morri mesmo, da mesma maneira que caem os elefantes abatidos numa savana, da mesma maneira que morrem as árvores cortadas no Amazónia, com a mesma dureza que um ser humano cai no chão, com a mesma dureza rítmica dum concerto de Stravinsky, hoje eu morri para o mundo. E vai demorar até me tornar numa fénix, e quando me tornar numa fénix, será uma pequeninha, sem muita força.