terça-feira, fevereiro 17, 2009

Tempo #2

O que é o tempo?
O que faz o tempo?
O que nos faz mover no tempo?

Não será o tempo um protector dos sentimentos? Penso que as pessoas atribuem demasiada importância à expressão "Isto vai passar com o tempo.". Acho que o tempo não tem nada a ver com o "isto", e o que é o "isto?. O "isto" geralmente são sentimentos maus, sentimentos inolvidáveis e indissociáveis de coisas que nos aconteceram, coisas que ficam marcadas a ferro flamejante no cérebro, algo ou alguém que não conseguimos esquecer, um trabalho fantástico que perdemos e que não conseguimos simplesmente acreditar nisso. São momentos que tentamos esquecer, e no qual tentamos acreditar que o tempo os vai levar simplesmente para fora da nossa rotina de pensamento, mas eu não acredito nisso, acredito que independentemente da altura da nossa vida em que estejamos, os factos maus estão sempre lá, mas nós é que medimos a importância que lhes damos.
Acredito piamente que os factos maus não são esquecidos com o tempo, apenas eu acho que lhes dou menos importância, ou dou como um sinal de aviso para as próximas vezes que tiver em situações diferentes, para simplesmente não voltar a cair no mesmo erro, fazer as pessoas que gosto mais felizes, não as enganar nem as fazer sofrer nem as magoar, acreditar que fiz o melhor para conseguir aquele trabalho.

O tempo sara, não cura. As pessoas curam. O tempo não faz esquecer, apenas põe um lenço em cima das feridas. O tempo não é matemático. As pessoas têm diferentes reacções, e diferentes maneiras de resistir à dor, e curar a dor. O tempo não faz nada por nós, nós é que temos de nos mexermos, de fazer com que o tempo não passe rápido para afagar a tristeza. O tempo passa mais rápido quando nos sentimos felizes, as horas voam quando estamos com aquela pessoa, quando partilhamos momentos lindos, e quando nos sentimos fantásticos no trabalho. e é para isso que as pessoas devem trabalhar, para que o tempo passe rápido, sobre a forma de felicidade inesgotável, e com aqueles que nos querem bem.

O tempo é efémero, e devemos aproveitarmo-nos disso.
Para sermos felizes.*

4 comentários:

Maria Rita disse...

Cada dia que passa percebo que não é o tempo que faz esquecer as coisas. A única e verdadeira forma de fazermos desaparecer o que não para de andar á volta na nossa cabeça somos nós próprios, com a nossa capacidade de esquecer e de perdoar, acreditar e de dar oportunidades aos outros. Mas tu sabes, e bem, que ás vezes isso não depende apenas de nós. Tu sabes que ás vezes as pessoas não sabem [-não tentam] perceber o outro lado; não sabem respeitar; não sabem que a felicidade dos outros pode ser também a nossa. E isso custa, porque ninguém se deve sacrificar por uma causa absolutamente perdida.

E, para mim, o tempo tem passado de formas distintas. Se pensar em ti, o tempo está a passar de uma maneira tão rapida que tenho medo de não ter o tempo sufciente que queria para estar contigo. Se pensar na Sara, tem passado muito devagar desde que ela foi para Barcelona e tenho medo que nunca mais chegie a Páscoa paraela vir cá. :D


STAATPS <3*

Maria Rita disse...

*chegue
:)

Joana disse...

Pedro,

Lindo, tudo! A escrita, a ideia, as conclusões.

É isso mesmo, o tempo não cura nada, curam as pessoas, curamos nós, quando nos dispomos ao(s) outro(s), curamos nós se/quando o entendermos. As feridas ficam, devem ficar, para não nos esquecermos, para saborearmos o como as ultrapassamos, a cura. :)))

Jinhos.



Jinhos.

Maria Rita disse...

"O tempo sara, não cura."



*