segunda-feira, maio 02, 2011

Mundo nas minhas mãos.

Toda a gente já os teve.
O momento máximo da nossa curta existência, mais do que um, quantos mais melhor e melhor sinal será. Falo daqueles momentos em que julgamos ter o mundo nas nossas mãos, em que a Terra não passa de um daqueles globos que abanamos e onde a neve se espalha, onde tudo parece que está ao nosso alcance, ou melhor, tudo é atingível e nada intangível. Momentos em que nos sentimos tomados por uma sensação tão forte de auto-confiança, em que o mundo não nos deita abaixo, por muitos momentos horríveis que possam aparecer pelo caminho. Daquele momentos em que todo o que somos está em perfeita harmonia, onde o nosso karma está mais do que uniformizado, está ligado de tal maneira ao centro que tudo o que fazemos parece bom. Não quero falar de momentos perfeitos e curtos, quero falar de momentos muito bons e de duração longa.
Os curtos são bons, são segundos onde podemos contar uma vida, e são aqueles para os quais vivemos basicamente a vida, seja um beijo, um abraço, um poema, uma canção, uma interpretação ou um outro qualquer momento de génio.
Os longos são bons no instante, na altura em que o vivemos, são semanas ou meses, em que nos julgamos não intocáveis, mas talvez semi-deuses com condição humana, capazes do divino e do sobre-humano apesar da figura física. São momentos de intensa auto-confiança; e felicidade extrema, daquela em que pairamos um pouquinho acima das nuvens; são momentos em que o nosso coração está aberto, encarnado e brilhante, sorridente e puro; momentos em que o nosso "génio" se expande, e toda a nossa criatividade e talento se expandem. Apesar de muito bons, estes nunca são perfeitos, apenas são perfeitos quando são no presente. Já os vivenciei, no final do secundário, onde tudo o que fazia a nível musical tinha melhor qualidade, e onde me sentia mesmo bem a fazer música, ao meu melhor nível, pessoalmente também estava muito bem, mas o importante neste caso é mesmo a música. O outro período desde há dois anos e muito, até há 6 meses atrás, nunca me sentira tão bem, a nível sentimental, sentia-me mesmo noutro mundo.
Hoje, tento por o caminho da vida sentimental em segundo plano, e tentar relançar e vivenciar a minha melhor música todos os dias, e fazer com que acima de tudo, eu me sinta satisfeito por fazer música, por atingir cada vez mais o que eu idealizo como sendo o caminho para a plenitude musical, o esteticamente belo na música em geral, no trombone em particular.

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