sexta-feira, fevereiro 15, 2013

#14 de Fevereiro e outras assunções

Nunca gostei do dia 14 de Fevereiro, ontem vi-o mais uma vez como apenas mais um dia da semana. Sintam-se livres para pensarem de mim, o que bem entenderem, seja um sentimento de partilha de pensamento, ou então só mesmo aquela vontade angustiante de injúria.
Quando a este dia totalmente inventado por ter existido um suposto santo, que era um pinga-amor pelos vistos, este dia chegou-se a celebrar como uma data festiva no calendario católico, mas a partir de 1900 e troca o passo, a Igreja retirou-o das festas oficiais, por não existirem provas absolutas da existência de um suposto santo com esse nome. Ora bem, toda esta mística de falsidade persiste até aos dias de hoje, porque um dia dos namorados? E não um dia dos viúvos? Ou um dia dos separados, mas ainda juntos? Ou um dia dos divorciados com custódia partilhada dos filhos? Admito que nenhuma das minhas sugestões vende tanto como o facto de se aproveitar um "santo" casamenteiro para celebrar o dia dos namorados, sim homens que celebram este dia, este santo é casamenteiro e não namoradeiro, por isso quando derem por ela estão enfaixados que nem uma pequena pomba branca.
Irrita-me o facto de ser necessário um dia para os namorados, como se todos os dias não fossem bons o suficiente para namorados, casados, solteiros e seja o que for celebrarem com alegria o amor que une duas pessoas. Duas pessoas apaixonadas nunca deveriam precisar do dia dos namorados, porque o dia dos namorados é como o Natal, se for real o amor que os une deve ser celebrado todos os dias, todos os dias seriam bons para um gesto romântico, todos os dias deveriam de ser dias de surpresas infindáveis, todos os dias mereceriam ser celebrados, por sermos felizes, por não terem que procurar a pessoa certa outro dia da sua vida, por terem a mínima certeza que podem ser felizes com a pessoa com quem estão.
Eu estou solteiro, e admito que a minha tristeza neste dia é ainda mais acentuada por não ter ninguém, mas desde que me conheço nunca o festejei, porque acho que é um dia feito apenas para o comércio de coisas romélicas e não românticas.

Como adenda a este dia e a este texto relativamente descontente acresce o facto de nestes dias geralmente ter surpresas muito pouco agradáveis sobre pessoas que eu pensava sinceramente conhecer. Porque é que as pessoas tem a tendência desagradável para desaparecer de vez em quando? Porque é que existe a necessidade de nos ocultarem coisas? Eu não me importo que as pessoas arranjem um (a) namorado/a, até acho bem, e fico felizes por elas. Só que prefiro que me digam em vez de fugirem sobre o assunto, e fugirem de mim como o diabo sobre uma cruz. A ser magoado prefiro ser magoado com frontalidade, do que ter a sensação que me espetaram uma faca nas costas e me ocultem factos. A sério que as pessoas são assim? Que têm esta necessidade? 
Bravo, só para essas pessoas.

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