O que querem as pessoas do Amor?
Duma ligação com outra pessoa?
Duma partilha com alguém?
A vida não se trata de termos as coisas garantidas aos nossos pés, e o mesmo acontece no amor, as pessoas geralmente e erradamente dão a relação com outra pessoa por garantida, ou seja, depois de conquistada e amada fervorosamente a pessoa de quem nós gostámos, deixa-se cair a relação a pique após algum tempo num antro de monotonia (sejam meses ou semanas), e isso é algo que não quero e é algo que eu não desejo a ninguém, porque toda a gente merece um “felizes para sempre”, ou uma história semi-encantada bem vivida por um par de pessoas apaixonadas.
Acima de tudo, o que se deseja é uma relação coberta de felicidade, porque a felicidade romântica é um sentimento básico que faz as pessoas sentirem que apesar de todos os desencontros das nossas profissões e da vida social em si, chegamos a casa, ou chegamos à beira dessa pessoa e sabemos que temos aí um porto de abrigo, um sitio onde somos felizes e sentimos que nada nos incomoda.
Acho que toda a gente deseja uma daquelas paixões que nos abalam, aquelas que nos arrasam, que nos deixam sem palavras, que nos faz ter a vontade de nos tornarmos marginais e desatar a graffitar paredes com o nome do amor, com a paixão expressa em pequenos gestos. Uma daquelas paixões em que ficamos totalmente a descoberto para mostrarmos quem verdadeiramente somos, que nos faz perder a pele de lobos e nos faz pensar que somos apenas cordeiros neste rebanho fenomenal que é o amor. Um daqueles amores verdadeiros imune a pressões, imunes a dúvidas, imunes a terramotos tempestivos, imunes a 3as pessoas.
Parecem ideais um pouco irrealistas para os tempos em que vivemos, mas sei lá, sou alguém cuja memória romântica vai para além do Dia dos Namorados, e rosas e bombons. Alguém que acha muito pouco romântico o romantismo de hoje. Para variar, acho que o romantismo está muito ligado ao comércio, e às suas variantes, e que tudo não passa de uma maneira de se alargar o consumo económico, o verdadeiro amor vem dos gestos pequenos sem gastos. Acredito num amor puro.
Onde pára o homem que sofre?
O homem que se subjuga ao poder da mulher amada sobre ele?
O homem que se sente curado ao estar com a sua Deusa?
Mulher cuja inspiração remete o homem para as suas origens mais profundas?
Onde pára a mulher endeusada?
Só quero voltar ao Romantismo Clássico, em que sente um amor puro, só quero que a mulher que me subjuga seja também aquela que me cega para os poderes carnais das outras mulheres, estou à espera dela.
I JUST WANT TO FOLLOW MY WAY.