quinta-feira, julho 30, 2009

Desespero

Desespero.
Sempre que erramos e sabemos que erramos entramos numa colina de desespero que nunca mais se acaba, e onde os caminhos não se fazem por linhas rectas e facilmente vencíveis, os caminhos são tortuosos, cheios de pedras altas, de curvas seguidas de contracurvas que nunca mais acabam e que tendem a fazer-nos pensar se este é o caminho que nos leva direitos à morte.

Desespero.
É quando erramos e sabemos e que o tempo não volta atrás e que o nosso caminho é inexorável e que o tempo passado é inextinguível.

Desespero.
É saber que podemos perder-LA, a pessoa que nos dá o equilíbrio, que nos faz ser sãos e melhores por dentro, que nos guia como uma luz, e que nos protege sempre física e psicologicamente, que nos dá sempre um abraço de conforto e de confiança e um beijo com um misto de paixão e realidade que nos puxa para o lugar certo.

Desespero.
É o sentimento que me domina hoje, se acaba, se é o princípio do fim eu morro por dentro, como a parecer uma velha e antiga montanha dominada por um vulcão negro que teme em não se extinguir e que nunca as suas cinzas servirão de adubo a uma melhor Primavera dominada por tons verdes e coloridos que insistem em fazer com que as flores nasçam de uma for abundante.

Desespero.
É não ser sempre um homem.

quinta-feira, julho 02, 2009

Os meus olhos.

Sempre pensei que os meus olhos não passassem duns simples olhos castanhos, marcados pela vulgaridade de uma cor que não era nem muito viva nem muito suaves, era apenas uma cor comum, que toda a gente tem nos olhos. Mas quando tu chegaste foi como se me tivessem tirado o cabelo e toda a maquilhagem de coisas feias e bonitas que tinha na cara, os meus olhos passaram a ser mais bonitos, a ter uma cor diferente, mais alegre e mais feliz que me preenche o espírito e que espero que te façam felizes sempre, porque são de um verde misturado com castanho, e sei que ninguém tem uns olhos como os meus, e sei que foste tu que descobriste beleza em mim, me deste o alento e a força para me sentir mais auto-confiante do meu valor e da minha beleza, e guardo estes olhos que guardo como herança dum passado bonito e de amor, para os dedicar a ti e a todo o amor que sentimos hoje e que vamos sentir para sempre.
Sei hoje que o amor não é só o amar aquela pessoa e que isso chega, sei que não chega. O amor é feito por todos os sentimentos que nos unem, o respeito pelas nossas coisas pelo espaço do outro, a humildade em aceitar aquilo que podemos ter e esperança por muito mais que o amor nos vai trazer certamente, o sentimento de fidelidade ao saber que somos felizes e que esta felicidade se deve ao facto de sermos um para o outro, a lealdade de termos de contar tido um ao outro sendo mais do que o namorado para ser todos os dias o melhor amigo que nos tem sempre uma palavra de conforto e de solidariedade. eu não sabia nada disto ate há muito pouco tempo, pensava que o amor era só "aquilo", demonstração carnal de desejo e de possessão, sei que a atracção física não deixa de ser algo importante, mas venho muito abaixo na lista de prioridades.
Sei que hoje a minha lista de prioridades futuras se alterou, sei que eu me alterei e me continuo a formar constantemente na escola humana do amor e da amizade, não sou nem metade daquilo que desejava ser, continuo a tentar todos os dias buscar pelo melhor de mim e dar o máximo de mim ás pessoas que o merecem. Namorada, amigos, e família são como a estrutura básica daquilo que sou hoje, tento ser calmo, ponderado, inteligente e racional, mas ao mesmo tempo ser caloroso, apaixonado, e dedicado, como que atingindo um nirvana emocional, em que chego ao ponto em que sinto que verdadeiramente cresci e que sei de todas a vezes o que é melhor para mim.
Hoje sou um ser que mudou graças a ti, a pessoa que se realmente preocupa comigo, que me faz ter uma grande luta para ser melhor, que me ama intensamente e sabe que o futuro pode ser muito bem passado com nós dois sozinhos, isolados do mal. Acredito no bolsinho encarnado cheio de coisas bonitas, de fotos que tiramos em conjunto a olhar o sol, olhos nos olhos e a sorrir fortemente, cúmplices; de concertos, cantores e canções que descobrimos a dois, ficando invariavelmente marcado no nosso caminho; os livros cheios de ideais de futuro e palavras bonitas que nos inundam a plataforma vermelha condutora de sentimento; todos os momentos partilhados juntos em que sabemos que somos só nos e nos entregamos vivamente um ao outro.
Acredito que sou melhor hoje, e estou a lutar diariamente pelo DP.*