quinta-feira, abril 09, 2009

Cor da minha parede.


Ao vermelho geralmente é atribuído o desígnio de cor do amor, não de forma consciente mas de uma forma inconsciente, pensamos no amor e o que nos vem à cabeça? Exactamente, corações vermelhos, lingerie vermelha, morangos, velas vermelhas e rosas vermelhas! Não será de nos mudarmos para um sítio diferente, mais colorido e mais diversificado? Eu quero, e todos os dias penso nisso, o vermelho é um cor que até é engraçada, mas agora proponho esta minha nova ideia! Vamos dar ao amor a diversidade que ele merece, e que todos os dias as pessoas se atrevem a pôr em causa esta monotonia tipográfica de vermelho.
Por isso, jovens e menos jovens, que acreditam no amor não só como um sentido de união entre duas pessoas, mas algo maior e que se reflecte em todos os nossos gestos e que une toda a gente, como caminho para atingir algo que é a felicidade. Vamos fazer um mundo de cor, um arco-íris de amor, veiculado pelos eléctricos carregados de sentimentos e de lugares, onde vamos professar a existência de um mundo multicolorido, onde o amor chega a nós através de imensas formas diferentes. Esta mudança é para aquelas pessoas que querem e gostam de ser dependentes de alguém no amor.

Eu vejo amor em muitas cores, e muitas variações dessas cores.
Acredito no castanho-escuro, cor dos teus cabelos castanhos escuros, como uma árvore velha, mas com fortes flores a brotarem dos seus nobres ramos, cor dos teus mamilos.
Acredito no castanho-acobreado dos teus olhos, que fazem lembrar uma estação outonal a transitar para o inverno, cor da terra onde nos deitamos e sorrimos longamente, a confessar segredos de jovens apaixonados.
Acredito no negro dos dias maus, porque sim eles também são amor, e pedaços inconstantes e raros de um amor (quase) perfeito e porque hoje também tem associado a si o sentimento de luxo, porque o amor é um luxo e um bem essencial que nunca gostamos de perder.
Acredito no dourado, é o dourado da pele do amor eterno, daquele que vem em longas viagens em cima de areais também dourados, e que procura a perfeição de ser a cor atribuída às mais saudosas conquistas, é o dourado da paixão. O amor é algo majestoso, daí a necessidade de o cobrir da cor que mais personifica a majestosidade.
Vejo um azul, ou muitos azuis diferentes, como o azul-mar português, carregado de paixões e angústias das pessoas que perdem alguém no mar e fazem desse azul o mais profundo confidente da sua dor, apesar de haverem outras pessoas que fazem desse azul o azul da alegria, o enérgico azul da inconsciência e da felicidade; há um azul mais claro, é o azul do céu, onde pessoas vêem o seu futuro escrito ao lado de alguém, céu em cujas nuvens cinzentas carregadas de algo mais que do que mera chuva trazem notícias de um amor quente e puro, embrulhadas num papel pouco esclarecedor mas insignificante dado o seu conteúdo.
No verde vejo a relva alegre, confidente suprema de casais de parque, que amam professa o seu amor num sítio onde o silêncio alheio é amigo da paixão e das confidências, verde da relva em que nos deitamos e abraçamos e comemos gelado e damos beijinhos saborosos após o gelado. É o verde da esperança num futuro sem variações de sentimentos, num amor que durará calmamente e eternamente.
O optimismo no amor tem que ser encarado como uma constante, nunca devemos pensar no amor com muitos anos à frente, pensamos em dias e em momentos, no optimismo que esse momentos nos dão para o futuro, daí o amarelo, uma cor frenética, do sol e da alegria que este nos trás, do facto de não vivermos na sombra, de sermos abençoados por algo tão bom. É a cor do Verão, época do amor.
Gosto dos laranjas do pôr-do-sol, da paz que o pôr-do-sol nos transmite, na rara beleza que um momento desse saboreado a duas pessoas apaixonadas, abraçadas num afecto duradouro.
O último exemplo que dou é o branco (embora muitos mais pudessem ser dados). O branco para mim transmite serenidade, a serenidade põe-nos no campo do amor, a serenidade traz consigo a paz de espírito, a paz no amor, é aquilo que todos os jovens e não jovens apaixonados querem. O branco da pureza do amor, sem nódoas de outras cores que manchem a vida de alguém. Uma parede branca é uma pessoa antes de alcançar o amor, tem espaço para ser pintada, desde que se pegue em alguém e se conheça esse alguém até ao ponto de atingir o amor, assim essa parede começa a ser consumida por todas as outras cores até atingir um quadro irregular, mas que apresenta todos os pedacinhos de segundo abraçados por 2pessoas juntas em harmonia.

A minha parede já está a ser pintada por alguém, e a vossa?*