Sempre me disseram que estamos sempre a aprender com a vida, com o passar dos tempos e com a experiência tornamo-nos em seres humanos com capacidade de avaliação e que tendem a cometer cada vez menos erros a cada dia que passa.
Esta capacidade de evoluirmos após a compreensão dos erros leva-nos ao que me parece ao cinismo, e eu acredito sinceramente que o mundo chegou ao ponto a que chegou porque as pessoas que tomam as decisões são cínicas, não gostam de acreditar numa espécie de risco, na bondade natural das coisas e no acreditar.
Escrevo porque hoje senti-me defraudado, desiludido com alguém de quem gosto, de alguém que faz parte da minha vida há já bastantes anos. Nunca pensamos que uma pessoa que seja nossa amiga há muito tempo, seja capaz de nos defraudar, quando nós pensamos que já conhecemos tudo naquele pessoa, as coisas boas e as coisas más. Quando somos surpreendidos por tempestades sob a forma de pensamentos e acções que aos nossos olhos parecem irreais, e que não passam duma ilusão.
Já fui cínico, já fui mesmo muito cínico. Não gostava de coisas novas, o que era diferente repulsava-me, o preconceito abundava em mim, mas fui mudando. Gosto de pensar que hoje sou alguém que acredita nas pessoas, na fé delas e na coragem em nos respeitar duma forma elegante.
Mas hoje deixei de acreditar em ti, no que me dizias, percebi que afinal o que te digo não são mais do que palavras vãs que ecoam num desfiladeiro com mil metros de profundidade, em que a sua inteligibilidade e a sua percepção é zero! Hoje é o dia em que te afasto do núcleo das pessoas intimas da minha vida, em que contava muito da minha vida a ti, e muito do que és, pensava que era por minha causa, mas hoje percebi que afinal és de outro mundo. Hoje deixaste de ser digna da minha amizade. passaste a ser digna do que tens, do marasmo em que te meteste, e do qual um dia irás ter de sair sem o meu braço. Se saíres, sairás pelo teu próprio pé, esmurrada pelos socos que ninguém quis levar por ti.
Quando alguém sai do nosso coração, outras pessoas aparecem para preencher o vazio.
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